quarta-feira, 30 de outubro de 2013

PRÉ-SAL É PINTO PERTO DO PAGAMENTO DE JUROS PRA CANALHA BANCÁRIA( 1 TRILHÃO POR ANO!)

Via Auditoria Cidadã e GILSON SAMPAIO

DÍVIDA CONSUMIRÁ MAIS DE UM TRILHÃO DE REAIS EM 2014
DERCY

Maria Lucia Fattorelli

O governo federal enviou ao Congresso Nacional a previsão orçamentária para 2014 com a impressionante destinação de R$ 1,002 TRILHÃO de reais para o pagamento de juros e amortizações da dívida, sacrificando todas as demais rubricas orçamentárias.

Esse dado chocante explica porque vivemos uma conjuntura marcada pela falta de atendimento aos direitos fundamentais e às urgentes necessidades sociais relacionadas principalmente aos serviços de saúde, educação, transporte, segurança, assistência, etc.

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Explica, adicionalmente, o avanço das privatizações representadas pela venda de patrimônio público e entrega de áreas estratégicas que representam estrutura do Estado, comprometendo a segurança e a soberania nacional: portos, aeroportos, estradas, ferrovias, energia, comunicações, e principalmente petróleo. 

As ofertas ao setor privado fazem parte do Programa de Investimento em Logística (PIL) e estão sendo realizadas inclusive em seminário realizado em Nova Iorque2 em 25.09.2013, na sede do banco Goldman Sachs3, com a participação das mais altas autoridades do governo brasileiro. 

Os discursos da presidenta Dilma, do presidente do Banco Central, BNDES e Ministro da Fazenda presentes no evento manifestaram publicamente a oferta de oportunidades especiais para investimentos privados no País, com a garantia de financiamentos por bancos públicos nacionais e garantias contra eventuais riscos, oferecendo não só o patrimônio, mas convocando o setor privado para participar da gestão do País. 

É evidente que a exigência de crescentes volumes de recursos para o pagamento de juros e amortizações da dívida tem impedido a realização dos investimentos necessários, o que tem sido utilizado como justificativa para a contínua e inaceitável entrega de patrimônio estratégico e lucrativo. 

Cabe realçar especialmente a campanha contra o leilão do Campo de Libra, agendado para outubro próximo, quando se pretende rifar reserva de petróleo superior à soma do que já foi leiloado nas outras quinze rodadas já realizadas durante os governos de FHC e Lula

De acordo com dados do Sindipetro-RJ, a riqueza do pré-sal coloca o Brasil entre os três maiores produtores de petróleo no mundo. Considerando o disposto em nossa Constituição Federal, a capacidade da Petrobrás e o compromisso assumido pela Presidenta Dilma4 durante sua campanha eleitoral, não há justificativa plausível para o leilão anunciado, por isso todos devemos apoiar e reforçar a campanha “O petróleo tem que ser nosso” 5, repudiando e requerendo o cancelamento desse leilão. 

Para continuar alimentando o Sistema da Dívida em âmbito nacional e regional, o governo sacrifica o povo com pesados tributos, ausência de retorno em bens, serviços e investimentos, e ainda rifa o patrimônio público.

Por isso perseveramos com os trabalhos da Auditoria Cidadã, exigindo a realização da auditoria e completa transparência desse perverso Sistema da Dívida.

1 Coordenadora Nacional da Auditoria Cidadã da Dívida www.auditoriacidada.org.br
2 The Brazil Infraestructure Oppportunity
http://noticias.band.uol.com.br/the-brazil-infrastructure-opportunity/
3 Quem é Goldman Sachs: http://www.youtube.com/watch?v=eDNWitV5PBg&feature=youtu.be
4 Fala da Presidenta Dilma durante a campanha de 2010:http://www.sindipetro.org.br/w3/
5 O petróleo tem que ser nosso: http://www.apn.org.br/w3/

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Ferrovia Norte-Sul

Fernando Brito responde, desde já, à campanha eleitoral das “obras inacabadas”.
Como se sabe, nos bons tempos do Príncipe da Privataria, era o FMI quem dizia qual obra era “adequada” e qual não era.

Obra de saneamento ou construir metrô, por exemplo, o FMI não deixou o FHC fazer e o FHC tirou os sapatos.

Não é isso, governador Alckmin – clique aqui para ir ao vídeo em que a Dilma lembra daquele momento de glória do PSDB (como é que ele vai governar ?).

Por isso, amigo navegante, é imprescindível ir ao post do Tijolaço, que coloca os trilhos nos “is”da Norte-Sul, antes que o Fantástico faça uma daquelas lambanças que fez no rio São Francisco:

A eficiência da inércia



Caro e raro leitor deste blog, poderia auxiliar-me citando uma obra “estruturante” de vulto construída nos governos Fernando Henrique? Não lembra?

Espiche a memória para o período Itamar, Collor, Sarney…

Ah, neste aí houve a Ferrovia Norte-Sul…

Houve, nada…

Só dez anos depois, já no período FHC, completou-se o primeiro trecho da obra, de apenas 215 km, de Açailândia a Porto Franco. Lula, sozinho, fez mais 550 km até Palmas e Dilma está fazendo mais 1.536 km, entre a capital do Tocantins e Anápolis (90% de 881 km concluídos) e daí a Estrela d´Oeste, em São Paulo, onde as obras estão com 45% de realização.

Menciono este caso porque, não tenham dúvidas, este será um dos pontos mais explorados pela mídia, daqui até as eleições: obras atrasadas, por conta de uma pretensa “incapacidade do governo”.

Mas também poderia falar de rodovias, refinarias, obras portuárias, energia elétrica, construção naval…

Os competentíssimos administradores que não fizeram nada vão encher a boca para falar da incompetência da administração, numa conversa recorrente que vem desde sempre.

Claro que se vai pinçar, aqui e ali, situações de atrasos, impasses e até má execução. Numa simples reforma doméstica, quantas vezes a gente não tem de agir para resolver algo que está encruado ou foi feito de maneira errada?

Mas os mesmos que não fizeram coisa alguma senão vender – e mal –  o que este país já havia feito em matéria de infra-estrutura  vão encher a boca para dizer que está muito lento o que eles nem sequer começaram.

Quem não faz nada, nunca está atrasado, não é?

Até em situações obviamente demoradas, como a exploração de um petróleo que está sete quilômetros abaixo do nível do mar, não cansam de dizer que isso “só será para daqui a cinco ou seis anos”. Não importa que, no mundo, a média de prazo para a produção, em condições parecidas, leve uma década para se iniciar, por cara e complexa que é.

Claro que isso vai ter pouca eficácia, porque, mesmo com problemas, a grande maioria dos projetos está madura e, dentro em pouco, poderão ser entregues, total ou parcialmente.

E aí a crítica será às inaugurações eleitoreiras.

Atropelados pela realidade, os nossos “engenheiros de obras não-feitas” vão reclamar sempre.

Mas vão ter de murchar as orelhas, como já andam tendo de fazer com as “obras da Copa que não vão ficar prontas”.

E aí, sem outra alternativa, vão ter de apelar para os black blocs.

Os das máscaras negras, da tela colorida e do papel pintado.

Por: Fernando Brito

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Bomba ! Como Cerra e FHC iam vender o Brasil

Bornhausen é guru do Dudu … É a mesma sopa, diria o Mino.



O Conversa Afiada reproduz post do blog Geopolítica do Petróleo:

“Recordar é viver”:  como FHC e Serra tentaram privatizar a Petrobrás


Diante das recentes polêmicas envolvendo o Pré-Sal e a Petrobrás nas eleições, selecionamos aqui uma sequência de  notícias a respeito da luta empreendida pelo PSDB-DEM para privatizar a Petrobrás e o petróleo brasileiro desde os anos 1990, durante o governo de Fernando Henrique, mas também após o fim daquele governo, quando esta coligação continuou criticando e atacando sistematicamente a Petrobrás e agora, o Pré-Sal.
























Como foi a mobilização dos Ministros de governo e dos partidos que apoiavam o governo de Fernando Henrique (PSDB e PFL, atual DEM)  para privatizar a Petrobras:







A preparação para a privatização da Petrobrás começou no 1o mandato de FHC, quando José Serra era Ministro do Planejamento. O plano de privatização começou com o sucateamento da Petrobrás, seguido de mudanças ma legislação que o governo FHC-Serra fez para viabilizar a venda da empresa brasileira. O objetivo era privatizar todo o setor de energia e petróleo do país.



















Em agosto de 2000 o governo FHC governo brasileiro realiza uma grande venda de ações da Petrobrás no Brasil e na Bolsa de Nova Iorque, onde entrega cerca de 15% do patrimônio total da empresa por pouco cerca de US$ 3,2 bilhões, sendo que 60% das ações vendidas ficaram nas mãos de estrangeiros. Este foi a segunda venda de ações da Petrobrás no governo FHC (a primeira foi em 1996, quando foram vendidas as ações da Petrobrás que eram controladas pelo governo via BNDES). A última venda de ações ocoreria em 2002, sendo que empresas (refinarias e empresas distribuidoras de gás) foram desmembradas da Petrobrás  e vendidas separadamente, como a Refap. Ao todo o governo FHC vendeu metade do patrimônio Petrobrás em apenas 8 anos. Ao fim do governo FHC, o Brasil controlava apenas 32% do total de ações da Petrobrás e cerca de 70% dos funcionários da empresa eram terceirizados.









O fim da Era FHC representou o fim da crise da Petrobrás, provocado pelo sucateamento proposital da empresa com o objetivo de privatizá-la. No Governo Lula a Petrobrás se tornou prioridade do governo, foi incluída na estratégia de crescimento e re-industrialização do Brasil e em programas como o PAC. Neste contexto é que o governo decidiu perfurar o “pré-sal” e iniciar a extração de petróleo da camada pré-sal, que no ano de 2010 atinge a produção de 100 mil barris por dia.



No governo Lula a Petrobrás finalmente  se recuperou da crise da “Era FHC”, mas oPSDB e o DEM (ex-PFL) continuaram lutando para privatizar a empresa. Os deputados e senadores do PSDB e do DEM criticaram constantemente a Petrobrás no Congresso Nacional e na imprensa.

Depois que a Petrobrás descobriu o Pré-Sal, o governo Lula resolveu acabar com a entreguista Lei do Petróleo de 1997, criada pelo governo FHC e propôs uma Nova Lei do Petróleo, mais moderna e que defendesse os interesses do Brasil. A coligação PSDB-DEM decidiu, então, criar uma CPI da Petrobrás para atacar o governo Lula e impedir a mudança da legislação entreguista-privatista por uma legislação mais coerente e nacionalista.