Imagem obtida de uma (muito boa) matéria, publicada na revista Você S&A. A imagem me levou a algumas reflexões.
Não critico, de forma alguma, o profissional que se sujeita às
"pressões", nem tampouco os superiores que pressionam. Todos estão
jogando o jogo posto. Peço apenas ajuda dos amigos para avaliar o que
segue:
1) "Entregar resultados sob pressão":
O que é que foi feito do mundo nesses últimos 200 anos? Que tipo de vida
é esta que nós "vivemos", em que, diariamente, somos compelidos, "sob
pressão", a "entregar resultados"?
Qual a lógica em consumir patologicamente nossos corpos e relações ao
longo de uma vida "sob pressão", com o objetivo de construir patrimônio
(pessoal e, especialmente, alheio), ou mesmo de apenas sobreviver?
2) "Mercado em crise":
Mas, afinal, que ente fantasmagórico, ectoplásmico, é esse "mercado"? O
que é um "mercado em crise"? É um mundo em que pessoas não compram
inutilidades (ou até necessidades) porque não têm dinheiro suficiente?
Mais do que isso: o que seria um mercado "sem crise"? Seria uma
realidade em que bilhões de "pressionados" lutam para "entregar" bens e
serviços (na maioria das vezes, desnecessários) a outros bilhões
(igualmente "pressionados" a adquirir esses bens e serviços)?
3) "Inteligência emocional":
É claro que não defendo que devamos sair esfaqueando colegas ou
parentes. Mas... Essa tal "inteligência emocional" é um imperativo ético
(válido, repito) adaptado para causar "parestesia" nas reações dos "pressionados"?
a) Acorde cedinho (quem acorda tarde não é respeitado).
b) Engula seu café e saia correndo.
c) Enfrente horas de trânsito.
d) Passe o dia todo "pressionado", no trabalho, a "entregar".
e) Enfrente novamente o trânsito na volta.
f) Chegue em casa extenuado, sem ânimo para viver o que a vida tem de melhor.
g) Repita os passos "a" a "f" durante todo o mês.
h) No final do mês, receba sua justa remuneração de cidadão respeitável.
i) Ao longo de todo este processo, não reclame: tenha "inteligência emocional".
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