Uma advertência de um segurança num estádio olímpico é o retrato perfeito do Brasil.
Numa cena registrada num vídeo, o segurança diz que cartazes contra Temer tudo bem, mas contra a Globo não. Você pode vê-lo aqui.
Ora, ora, ora.
Isso escancara o óbvio: a Globo pode mais que Temer.
O segurança deve ter ouvido isso de algum chefe. Que também ouviu a ordem de um superior.
Seja como for, é uma aberração.
Qual o sentido em proibir manifestações pacíficas contra a Globo?
Liberdade de expressão não inclui acusar a casa dos Marinhos de
golpista?
A favor do segurança, pelo menos se pode dizer que ele foi sincero.
Ministros togados do STF louvam as chamadas instituições e fingem que a
Globo não manda em todas elas. Seria mais honesto e realista se um
magistrado do STF bradasse, agarrado a uma Constituição: “Acima disso
aqui, só a Globo.”
2016 deixou claro que enquanto existir a Globo tal qual a conhecemos
não haverá democracia. 54 milhões de votos podem ser incinerados com
relativa facilidade caso a Globo deseje.
A culpa não é do segurança que avisou que estava proibido cartaz contra a Globo.
A culpa é de todos nós, de uma sociedade que permite que a Globo seja o que é e faça o que faz.
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