Francisco Costa
Se há um consenso na opinião pública mundial é o de que o governo
brasileiro sofreu um golpe por uma quadrilha de salteadores do dinheiro
público, para livraram-se da justiça.
Acabou-se o tempo em que censores direcionavam o que ser tornado
público, agora as redes sociais cuidam da verdade, e os estrangeiros,
além dos seus serviços de inteligência, têm a disposição a Wikipédia, o
Youtube, os grupos de direita e esquerda, o Google Tradutor, e os
ladrões ainda podem se livrar da justiça, mas não da execração, do
opróbrio, do nojo coletivo.
Basta examinar as biografias ou, melhor, as folhas corridas dos golpistas.
Até aqui mal menor, mais um capítulo de uma história de pirataria e
saque, a que nos acostumamos, desde que o primeiro português chegou aqui
com espelhinhos e contas de vidro para trocar por ouro, pedras
preciosas e pau Brasil com os índios, até o roubo de merenda escolar,
Lava Jato e congêneres.
A desgraça é maior, bem maior, e extrapola fronteiras.
Quando Eduardo Cunha acatou o pedido de impeachment da presidenta Dilma,
antes mesmo de se iniciar a tramitação do processo, o ainda não
interino, o ladrão da hora, de prontidão no poder, começou a escolher o
seu ministério, a dos notáveis segundo um dos seus membros, por se
notabilizarem na desonestidade, talvez.
Nesta ocasião o PSDB, posto avançado do Federal Reserve-FMI-Cia no Brasil, fechou questão: nenhum tucano no governo!
Não que fossem honestos, democratas, contra golpes. O projeto deles era
claro: cassada Dilma, partiriam para a cassação de Temer, não menos
ladrão que Cunha. Cassado Temer, o presidente da Câmara, provavelmente
um tucano, assumiria a presidência.
Só cometeram um erro: protelaram a cassação de Cunha, com medo da língua
dele, e o arquivo aumentou ainda mais a sua influência no balcão de
negócios, e o PMDB dominou tudo.
Então o plano era esse: tucanos longe do Temer, mas veio a ordem de
Washington: queremos estar no governo sim, e com o nosso funcionário
mais eficiente, o bastante para Serra se apresentar a Temer, sendo
aceito imediatamente, à revelia do PSDB, e justo com o cargo de Ministro
das Relações Exteriores, para promover o realinhamento diplomático e
comercial do Brasil, fazendo-nos colônia novamente.
Houve um início de rebeldia, nas hostes tucanas, contra Serra, mas a
máfia do tucanato paulista, que têm as chaves dos cofres do partido e do
estado mais rico da União, liderados por Serra e FHC, acomodaram a
situação.
Não é necessário ser bem informado, aliás, nem medianamente informado,
para saber que Serra é um agente norte americano infiltrado no Brasil,
atendendo aos interesses dos seus patrões.
Abundam postagens reproduzindo documentos norte-americanos endereçados a
Serra e de Serra para lá, entre eles o comprometimento de Serra, na
campanha presidencial, de entregar o Pre-Sal à Chevron (aos coxinhas:
consultem o Wikileaks ou o New York Times), caso Aécio vencesse.
Célebre se tornou também o e-mail enviado pelo consulado norte
americano, em São Paulo, dando esporro em Serra, porque a recuperação
econômica da Petrobras feria interesses norte-americanos (é só a coxada
ir ao Youtube, está tudo lá, a reprodução da documentação toda).
A Petrobras é tão forte que todos os esforços de Serra e Moro não conseguem destruí-la.
A missão de Serra é óbvia: tirar o Brasil dos Brics, enfraquecendo-o;
atrelar o Mercosul aos Estados Unidos, ou inviabilizá-lo; tirar o apoio
do Brasil à Venezuela, enfraquecendo ainda mais aquele país, política e
economicamente e privatizar tudo.
Através de um golpe semelhante ao brasileiro, Lugo foi afastado, no Paraguai, substituído por um Serra de terceira linha.
Através da mídia argentina, Macri elegeu-se, e ambos já fizeram convênio
com os Estados Unidos, para que esse país construa uma mega base aérea
na tríplice fronteira (Brasil, Argentina e Paraguai), próximo de Foz do
Iguaçu, praticamente ao lado da Usina de Itaipu e sobre o Aquífero
Guarani, a maior reserva de água potável subterrânea do mundo.
O plano norte americano? Não tendo dominado territorialmente o Oriente
Médio, para ter fontes seguras e regulares de petróleo, volta-se para a
ocupação da América do Sul e Caribe.
Só que Serra é um jumento. Primeiro mandou correspondência desaforada
para um monte de países, agora tentou usar o método tucano de fazer
política nas relações exteriores também: ofereceu dinheiro, propina, aos
uruguaios, para que fechassem com a posição brasileira, mais um
escândalo internacional protagonizado pela República Tupiniquim, Terra
dos Papagaios, aqui vulgarmente chamados de coxinhas, força auxiliar dos
Estados Unidos.
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