quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Serem ladrões é o de menos

Francisco Costa 

Se há um consenso na opinião pública mundial é o de que o governo brasileiro sofreu um golpe por uma quadrilha de salteadores do dinheiro público, para livraram-se da justiça.

Acabou-se o tempo em que censores direcionavam o que ser tornado público, agora as redes sociais cuidam da verdade, e os estrangeiros, além dos seus serviços de inteligência, têm a disposição a Wikipédia, o Youtube, os grupos de direita e esquerda, o Google Tradutor, e os ladrões ainda podem se livrar da justiça, mas não da execração, do opróbrio, do nojo coletivo.

Basta examinar as biografias ou, melhor, as folhas corridas dos golpistas.

Até aqui mal menor, mais um capítulo de uma história de pirataria e saque, a que nos acostumamos, desde que o primeiro português chegou aqui com espelhinhos e contas de vidro para trocar por ouro, pedras preciosas e pau Brasil com os índios, até o roubo de merenda escolar, Lava Jato e congêneres.

A desgraça é maior, bem maior, e extrapola fronteiras.

Quando Eduardo Cunha acatou o pedido de impeachment da presidenta Dilma, antes mesmo de se iniciar a tramitação do processo, o ainda não interino, o ladrão da hora, de prontidão no poder, começou a escolher o seu ministério, a dos notáveis segundo um dos seus membros, por se notabilizarem na desonestidade, talvez.

Nesta ocasião o PSDB, posto avançado do Federal Reserve-FMI-Cia no Brasil, fechou questão: nenhum tucano no governo! 

Não que fossem honestos, democratas, contra golpes. O projeto deles era claro: cassada Dilma, partiriam para a cassação de Temer, não menos ladrão que Cunha. Cassado Temer, o presidente da Câmara, provavelmente um tucano, assumiria a presidência.

Só cometeram um erro: protelaram a cassação de Cunha, com medo da língua dele, e o arquivo aumentou ainda mais a sua influência no balcão de negócios, e o PMDB dominou tudo.

Então o plano era esse: tucanos longe do Temer, mas veio a ordem de Washington: queremos estar no governo sim, e com o nosso funcionário mais eficiente, o bastante para Serra se apresentar a Temer, sendo aceito imediatamente, à revelia do PSDB, e justo com o cargo de Ministro das Relações Exteriores, para promover o realinhamento diplomático e comercial do Brasil, fazendo-nos colônia novamente.

Houve um início de rebeldia, nas hostes tucanas, contra Serra, mas a máfia do tucanato paulista, que têm as chaves dos cofres do partido e do estado mais rico da União, liderados por Serra e FHC, acomodaram a situação.

Não é necessário ser bem informado, aliás, nem medianamente informado, para saber que Serra é um agente norte americano infiltrado no Brasil, atendendo aos interesses dos seus patrões.

Abundam postagens reproduzindo documentos norte-americanos endereçados a Serra e de Serra para lá, entre eles o comprometimento de Serra, na campanha presidencial, de entregar o Pre-Sal à Chevron (aos coxinhas: consultem o Wikileaks ou o New York Times), caso Aécio vencesse.

Célebre se tornou também o e-mail enviado pelo consulado norte americano, em São Paulo, dando esporro em Serra, porque a recuperação econômica da Petrobras feria interesses norte-americanos (é só a coxada ir ao Youtube, está tudo lá, a reprodução da documentação toda). 

A Petrobras é tão forte que todos os esforços de Serra e Moro não conseguem destruí-la.

A missão de Serra é óbvia: tirar o Brasil dos Brics, enfraquecendo-o; atrelar o Mercosul aos Estados Unidos, ou inviabilizá-lo; tirar o apoio do Brasil à Venezuela, enfraquecendo ainda mais aquele país, política e economicamente e privatizar tudo.

Através de um golpe semelhante ao brasileiro, Lugo foi afastado, no Paraguai, substituído por um Serra de terceira linha.

Através da mídia argentina, Macri elegeu-se, e ambos já fizeram convênio com os Estados Unidos, para que esse país construa uma mega base aérea na tríplice fronteira (Brasil, Argentina e Paraguai), próximo de Foz do Iguaçu, praticamente ao lado da Usina de Itaipu e sobre o Aquífero Guarani, a maior reserva de água potável subterrânea do mundo.

O plano norte americano? Não tendo dominado territorialmente o Oriente Médio, para ter fontes seguras e regulares de petróleo, volta-se para a ocupação da América do Sul e Caribe.

Só que Serra é um jumento. Primeiro mandou correspondência desaforada para um monte de países, agora tentou usar o método tucano de fazer política nas relações exteriores também: ofereceu dinheiro, propina, aos uruguaios, para que fechassem com a posição brasileira, mais um escândalo internacional protagonizado pela República Tupiniquim, Terra dos Papagaios, aqui vulgarmente chamados de coxinhas, força auxiliar dos Estados Unidos.

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