Francisco Costa
Que este golpe norte-americano vem sendo planejado há pelo menos dez
anos não resta dúvida. Enquanto Obama estava chamando Lula de “o cara”,
Sérgio Moro estava lá, fazendo o primeiro curso, discípulo da Cia e do
Ministério Público norte-americano, aprendendo a adaptar as leis
antiterrorismo à lavagem de dinheiro, para pegar os políticos
brasileiros e selecionar os que convém punir, desmoralizar, matar
politicamente.
Depois os instrutores ianques vieram ao Brasil e repetiram o curso, no
Rio de Janeiro, não estou lembrado se na ACM ou no CCBB, desta vez para
procuradores do Ministério Público, todos, hoje, da equipe do Moro.
E começou a Operação Lava Jato, com dupla finalidade: aniquilar a
esquerda brasileira e dar um baque na nossa economia, atacando o setor
energético, a partir das espionagens norte americanas, que custaram o
esporro da Dilma em Obama, na ONU.
A Lava Jato, via empreiteiras, atacou a Petrobras e a usina de Angra,
prendeu um dos maiores especialistas em energia nuclear, do mundo, o que
nenhum país faria, e se prepara para investigar as hidrelétricas.
Como o setor energético é a força motriz de qualquer economia, os planos ianques vão sendo bem-sucedidos.
Depois veio a caça a Lula. Tanto o triplex quanto o sítio foram
denúncias feitas pelo Ministério Público, e não por beneficiários de
delações premiadas, por procuradores ligados ao curso mencionado, um
deles de São Paulo, e que não tem nada a ver com a Lava Jato, o que
confundiu Engels e Hegel, o medíocre.
Nada podendo provar, sacaram um juiz que estava afastado, por obstrução
da justiça, já que aliviava tucanos e empresas, na Operação Zelotes, a
troco pode-se imaginar quanto, e ele indiciou Lula também por obstrução
da justiça.
O procurador do Ministério Público, que se empenhou pessoalmente no
indiciamento de Lula, vem candidato a prefeito do Município de Niterói
(RJ), pelo PSDB.
Na comissão de impeachment o presidente é do PMDB, de Temer e Cunha, e o relator, do PSDB.
A mulher de Moro presta serviço para o PSDB e para a Shell (embora ela e
o marido neguem, não deixaram que houvesse quebra do seu sigilo
bancário, para ver de onde vêm os seus honorários), o pai de Moro foi o
fundador do PSDB em Maringá(PR), e no escândalo do Banestado, de MEIO
TRILHÃO, o juiz era Moro, o doleiro era Youssef e terminou tudo em
pizza.
Como a Lava Jato se pauta pela espionagem norte americana, pela tevê
Globo e redes sociais, surgiram denúncias de que petistas se
locupletaram com a Lei Rouanet, o bastante para Moro correr atrás, de
dentes à mostra como um pit Bull hidrófobo.
Pediu a listagem dos cem maiores beneficiários, e nenhum petista.
Estavam lá Fundação Roberto Marinho, Abril Cultural (revista Veja), Itaú
Cultural e um monte de artistas da Globo, que coincidentemente têm
contas no HSBC suíço, o que nos remete a laranjas dos Marinhos, e Moro
mandou arquivar tudo.
Não nos esqueçamos que correndo atrás do “triplex do Lula”, a Polícia
Federal chegou no triplex dos Marinho, em nome de uma offshore, a
Mossak, para ocultação de patrimônio, sonegação fiscal, lavagem de
dinheiro e evasão de divisas. Moro abandonou o caso.
E depois de duas condenações de Marcelo Odebrecht e outros executivos da
mesma empreiteira, com a finalidade de chantagem, fazê-los pedirem o
benefício da delação premiada, finalmente eles cederam, para felicidade
do trêfego rábula de primeira instância, esperando denúncias contra
petistas, agindo como se ministro do supremo, subordinando-os.
E Marcelo falou: dei dez milhões de reais na mão de Temer, no Palácio
Jaburu, em espécie, tenho o recibo (a certeza da impunidade, no Brasil, é
tão grande que os calhordas passam recibos de propinas) e cinco
milhões, também em espécie, ao Padilha, Ministro da Casa Civil de Temer.
Dei 23 milhões ao Serra, Ministro das Relações exteriores, e também
tenho o recibo, e foi denunciando todo mundo: dei a fulano, a beltrano, a
sicrano... E nenhum petista
Agora Moro anunciou que não homologará a delação de Marcelo Odebrecht, é como se ele não tivesse prestado depoimentos.
Aécio Neves já foi delatado 43 vezes, por 6 depoentes diferentes.
Enquanto isso Eduardo Cunha diz que se for preso vai denunciar mais de
150 deputados, pelo menos 20 senadores, sete ministros e vai entrar para
a história como o homem que derrubou dois presidentes.
Amigos íntimos de Cunha afirmam que ele tem três dossiês, de três
empreiteiras diferentes, capazes de colocar Temer na cadeia por muitos
anos.
Consequência? A votação do impeachment de Dilma foi antecipado para
antes do julgamento de Cunha, em plenário, por motivo óbvio: o
presidente da república só pode ser responsabilizado por crimes
cometidos na vigência do seu mandato, se Temer assumir em definitivo,
tudo o que Cunha falar cairá em exercício findo.
Rodrigo Maia, o presidente da Câmara, marcou a votação para dia em que
não haverá quórum, e Cunha acabará não sendo cassado, um freio em sua
língua.
Como Cunha foi adiante e afirmou que tem muitos nomes do judiciário para
dançar também, Moro deu ordens à Polícia Federal para que não encontrem
a mulher de Cunha no apartamento funcional, em Brasília, e na mansão,
no Rio, na Barra da Tijuca.
A polícia federal não sabe onde ficam esses endereços, apesar de já
terem feito operações de busca e apreensão nesses locais, mas devem não
ter anotado, esqueceram-se e nenhum policial sabe voltar lá.
Finalmente, em uma das palestras de Moro nos Estados Unidos, sempre
assessorado pelo Ministério público de lá, um jornalista perguntou a ele
porque não prende gente da oposição também, ao que ele respondeu nunca
ter recebido uma denúncia, indo adiante, afirmando que acha muito
difícil alguém da oposição ter recebido propinas, esquecendo-se que
Youssef falou, a dois metros da orelha dele, que deu cento e cinquenta
milhões de dólares a FHC (o vídeo existe, é só baixar do Youtube) por
comissão de uma refinaria, na Argentina, comprada pela Petrobras.
Este é o ídolo dos coxinhas, o principal agente do golpe, um servil vassalo dos americanos.
E não adianta os companheiros me pedirem moderação, preocupados. Ser
preso por ordem de alguém do quilate de Moro engrandece qualquer
biografia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
se não tem nada a contribuir não escreva!